Rubem Alves a descreve: “[...] Uma casa, varias salas, crianças separadas em grupos chamados “turmas”. Nas salas, os professores ensinam saberes. Toca uma campainha. Terminou o tempo da aula. Os professores saem. Outros entram. Começa uma nova aula.”
Um modelo de escola que ainda mostra seqüelas deixadas por uma educação tradicional, o mesmo modelo de escola é passado por gerações, tudo é velho, anacrônico.
A sociedade mudou, as famílias mudaram, mas a escola continua a mesma. Centralizada, inflexível, com um muro invisível separando escola da comunidade.
“Uma sala enorme, sem divisões, cheia de mesinhas próprias para as crianças. As crianças trabalhavam nos seus projetos, cada uma de uma forma, moviam-se pela sala, tranquilamente, sem correr, ninguém falava em voz alta. Entre as crianças, algumas com Síndrome de Down, também trabalhavam. As professoras, assentada junto com as crianças moviam-se quando necessário. Não era necessário nenhum pedido de atenção”. É assim que Rubem Alves descreve a “Escola da Ponte”.
Uma escola onde todos são educados para entreajuda, na autonomia, é um projeto de preparação para a cidadania no exercício da cidadania.
Não quero que vocês pensem que a “Ponte” é uma formula infalível, uma receita exemplo de educação, porém acredito que se quer caminhar para uma educação de qualidade, deve-se caminhar para uma escola com cidadãos educados na solidariedade e ajuda ao próximo, onde são autônomos ao suficiente para refletir e buscar o bem necessário para si e para o coletivo.
